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A poluição da Baía de Guanabara é um grande parte uma conseqüência do crescimento urbano e desenvolvimento industrial que se intensificou nas décadas de 1950-1960. A baía tem sido vitima da urbanização desordenada. Os bairros de classe media e alta cresciam sobre aterramentos da Baía e destruíam os ecossistemas destas áreas. A classe baixa começaram a ocupar áreas sem planejamento urbano organizado (“Baia”). O crescimento populacional não tem sido acompanhado pela execução adequada dos serviços de saneamento e drenagem, e os esgotos se tornam rios de lixo e carga orgânica que se drenam na Baía. A falta de tratamento dos esgotos sanitários é a principal fonte de poluição orgânica. 85% dos 7,6 milhões de habitantes na bacia da Baía não recebem tratamento (“Relatório Controle Industrial”). Também, é estimado que 464 toneladas de carga orgânica é lançada na Baía por dia, um volume equivalente ao Maracanã (“Situação”). A poluição orgânica pode provocar o crescimento de certas algas tóxicas à vida aquática e à saúde humana. Sem locais suficientes para receber lixo, as pilhas fortuitas de lixo proliferam as doenças, contaminam o solo, obstruem os sistemas de drenagem e poluem as águas. Segundo o Centro de Informação da Baía de Guanabara (CIBG), um pólo de referências criado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, dos 13.000t/dia de lixo gerada, 4.000t/dia não são coletadas e chegam a ser vazadas nos rios, canais e terrenos baldios. Dos 9.000t/dia que são coletados, 8.000t/dia são lançadas num aterro que logo estará esgotada (“Relatório”). É obvio, então, que as organizações dedicadas à despoluição da Baía deve privilegiar a reorganização do sistema de planejamento urbano, principalmente as redes de coleção de lixo e o tratamento do esgoto.


A Baía de Guanabara é a segunda maior baía do litoral brasileiro com uma área de 380 km2 (“Baía de Guanabara”). As águas de 55 rios e riachos em 16 municípios se enchem na Baía, e a qualidade da água da Baía é influenciada pelo nível de poluição destes 55 rios. Estes 16 municípios que compartilham uma fronteira com a Baía têm 10 milhões de habitantes (ou 80% da população do estado de Rio de Janeiro) e 7,6 do 8 milhões habitam na bacia da Baía (“Situação Ambiental Atual”).